quarta-feira, 15 de maio de 2013

Como trabalhar o Marketing Olfativo?

Especialista em marketing afirma que mercado é promissor, mas que todo cuidado é pouco para não cometer excessos


As empresas, em todo momento, buscam maneiras diferentes de chamar a atenção de seus consumidores. Uma forma, que na verdade está bastante tempo no mercado, mas voltou a ganhar força nos últimos anos é o Marketing Olfativo.
Capaz de estimular certas áreas do nosso cérebro responsáveis por criar emoções e memórias, esse tipo de abordagem pode ser usado como um bom complemento nas ações estratégicas de uma empresa
Para o estrategista em marketing Gabriel Rossi, o recurso é bastante promissor pelo fato de associar um determinado aroma a uma marca e, assim, fidelizar o consumidor àquele produto. “Mais do que qualquer outra experiência sensorial, os cheiros que nos cercam induzem emoções e comportamentos que, muitas vezes, não são conscientemente percebidos”, garante o especialista.
Rossi acredita que uma campanha que utiliza este recurso para atrair clientes deve entender muito seu público-alvo para não cometer excessos. “Esse recurso sensorial, dependendo do setor, pode facilmente afastar um cliente, caso determinado aroma não o agrade ou o faça lembrar algo ruim. É preciso ter a dose certa para atrair às compras”.
A Starbucks (empresa mundial de torrefação e venda de café especial) usa muito esse recurso em suas lojas. Mas, ao contrário do que se imagina, o uso desse novo conceito de marketing não se restringe apenas à indústria alimentícia ou cosmética. As montadoras de automóveis, por exemplo, há tempos encomendam “cheiros de carro novo” que atendam às expectativas sensoriais de seus consumidores.
 Isso no Brasil, onde há a combinação de vinil, plástico e borracha. Na Europa, o que agrada é basicamente a mistura de couro e tinta, mas muitas vezes o odor em um automóvel simboliza ao consumidor alguma substância inapropriada “vazando”. “É cada vez mais comum que as grandes companhias busquem um aroma próprio para fixar a imagem”, relata Rossi.
O especialista afirma ainda que, quando a indústria adota o recurso de aromatizar produtos ou embalagens, por exemplo, faz com que seja criado um vínculo emocional com o consumidor. “Mais do que isso, o marketing olfativo tem como objetivo levar a marca, por meio de uma fragrância, para o dia a dia dos clientes”, conclui.

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